

Pode até causar confusões, mas o corretor ortográfico já salvou muita gente
Um dos principais recursos de quem escreve é o corretor automático de digitação e estilo. Este texto, por exemplo, foi escrito no Word. O que muita gente talvez não saiba é que a tecnologia embarcada no pacote Office foi desenvolvida no Brasil, mais especificamente no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, o ICMC, da Universidade de São Paulo, em São Carlos.
Apelidado de ReGra, o projeto surgiu a pedido da Itautec para ser comercializado, via CD, para empresas. O conceito evoluiu e se tornou capaz de realizar tanto correções gramaticais, como de estilo. Criada em 1993, a tecnologia foi licenciada para a Microsoft em 2000 e, em 2008, a empresa americana comprou definitivamente os direitos de uso, sendo hoje 100% original do pacote Office.
1º do mundo feito para o português
Na mesma época, pouco tempo depois, uma empresa portuguesa também lançou um projeto parecido, com foco no idioma falado lá. O programa tinha como principal recurso a revisão do texto em português de Portugal.
A trajetória dos corretores ortográficos instalados no pacote Office, em diferentes línguas, segue a mesma linha brasileira: inicialmente desenvolvidos por nativos, ampliaram seus conceitos em recursos (revisão de estilo, por exemplo), licenciaram suas tecnologias para a empresa americana e, depois, foram vendidos totalmente. Desde 2010, a maioria dos corretores de idiomas já é de propriedade e aperfeiçoamento da própria Microsoft.